Os achados provêm de um estudo transversal de 5.981 estudantes de escolas públicas de Minas Gerais, Brasil. Avaliou-se a influência do uso de drogas sobre as práticas sexuais. Dos rapazes com relacionamento casual que referiram ter utilizado drogas ilícitas, 55,7% disseram usar preservativos de forma consistente (em todas as relações sexuais), enquanto entre os que nunca fizeram uso de tais substâncias, esse percentual foi de 65,4%. Entre os rapazes com relacionamento fixo, que utilizaram droga ilícita, o uso consistente de preservativos foi referido por 42,7%, ao passo que, para os que nunca fizeram uso dessas substâncias, esse percentual foi de 64,1%. No subgrupo dos rapazes com parceria fixa que nunca utilizaram drogas ilícitas, o uso consistente do preservativo foi menos freqüente entre os que utilizaram cigarro e/ou álcool do que entre os que não referiram este uso (60,7% vs. 71,1%). As moças apresentaram menor proporção de uso consistente do preservativo do que os rapazes, independentemente do tipo de parceria, sem influência aparente dos padrões de consumo. Os achados sugerem a necessidade de integrar a prevenção do uso de drogas à de infecções sexualmente transmissíveis/gravidez indesejada.
Referências para citação: BERTONI, Neilane et al. Uso de álcool e drogas e sua influência sobre as práticas sexuais de adolescentes de Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública [online]. 2009, vol.25, n.6, pp. 1350-1360. ISSN 0102-311X.